Nascido em 4 de maio de 1984 em Serrana/SP, Julio Cesar, hoje conhecido como Fejuca, foi criado em meio a uma grande e festeira família - sua mãe tem dez irmãos e sua avó, onze. Nas festas rolava todo o tipo de música: Samba de raiz, Soul, Black music nacional e americana.
Seu primeiro contato com a música foi tentando aprender dança de rua. Mas foi nas rodas de samba, no bar do seu tio Juninho, que Fejuca se encontrou. Até que, em um dia inesquecível, Fejuca foi convidado por Amarildo - amigo da família - para aprender cavaquinho.
Com o repertório de sete músicas no cavaquinho, nascia o grupo infantil Samba Kids, composto por Fejuca e outros 5 amigos. O talento de Fejuca fez com que, aos treze anos de idade, surgisse o seu primeiro trabalho profissional como cavaquinista do Grupo Mistura de Raças. Os dois grupos foram uma grande escola na vida de Fejuca.
Aos 14 anos, Fejuca foi apresentado ao Chorinho (gênero de música popular e instrumental brasileira) e então sua infância passou a se resumir aos estudos de solos e pesquisas sobre Waldir Azevedo, Dino 7 cordas, Meira, Pixinguinha. Fejuca teve a honra de conhecer o mestre da arte de tocar violão, José da Conceição, o qual tinha uma bagagem imensa: havia tocado com Elis Regina, Leny Andrade, entre muitos outros. Certo dia o Zé o convidou para fazer participações no grupo de choro dele, Os Rouxinóis. Em seguida, Fejuca passou a estudar violão erudito com o João Luiz do Brasil Guitar Duo e a cada dia ficava mais apaixonado pelo instrumento.
Nessa altura do campeonato, Fejuca já estava tocando com cantores de MPB, grupos de samba, grupos de choro, bandas de baile, banda de pop rock e duplas sertanejas. Foi nessa fase que conheceu seu principal professor de música, o Carlinhos Machado, que sempre o estimulou para aprender o máximo de instrumentos possível, segundo ele “músico eclético não fica desempregado”.
Em seguida Fejuca foi aprovado na prova da extinta escola de música ULM (Universidade Livre de Música), no curso de violão 7 cordas, com o professor Edmilson Capelup. Nessa altura do campeonato Fejuca já estava tocando com o Grupo Sambô duas vezes por semana em São Paulo, o que contribui para a sua mudança em definitivo para a capital paulista.
Foi então que o grupo Sambô teve destaque nacional e o foco de Fejuca ficou voltado para a banda, a qual teve seu terceiro DVD gravado recentemente em MG. Mas em paralelo, Fejuca continua dando sequência aos outros projetos: participações com sua amiga Xenia França no projeto Gonzaguinha70. Além disso, Fejuca tem umDuo instrumental com o seu ex professor Carlinhos Machado e também faz gravações e produções musicais.Em seus planos está um disco em Duo com sua amiga Mariana Aydar e também o seu primeiro projeto sozinho. Fejuca ainda não sabe se esse futuro projeto solo será a interpretação da obra do Baden Powell pela sua ótica, ou algo autoral para registrar suas composições.